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As principais barreiras para importadores e exportadores em 2020

No final do ano passado 71% dos empresários afirmaram em uma pesquisa da Deloitte que possuíam boas expectativas para o ano de 2020, em contrapartida economistas afirmaram que era possível uma desaceleração econômica. Em fevereiro deste ano, o ano novo lunar foi estendido graças ao coronavírus, o que gerou um grande desequilíbrio na cadeia de suprimentos da China e de seus principais parceiros no mundo.

Além das barreiras que os brasileiros já enfrentam para importar ou exportar bens e serviços, com o cenário atual, haverão novas barreiras para os players de comércio exterior.

Aumento do dólar

Sempre ouvimos a frase que o dólar alto é bom para as exportações, mas a verdade é que o volume das exportações reduzem quando o dólar está muito alto. Analisando todo o setor produtivo, podemos observar que muitas empresas dependem da importação de partes e peças ou insumos para concluir a produção, o que aumenta os custos para o consumidor final.

Falta de confiança no exterior e menos investimento

O nível de confiabilidade do exterior nos principais países da américa do sul são de 56%, porém quando é analisado o nível desconfiança, esse número dispara para 85% (Deloitte) . Isso significa que quanto menor a confiança, menor é o investimento, e a consequência disso é menos infraestrutura, menos produção e qualidade, menos exportação, menos empregos e menos renda.

Com a falta de confiança, as formas de pagamento na hora da negociação também são influenciadas, muitos players no exterior só aceitam pagamento de frete e taxas adiantados (Prepaid), pela desconfiança ser alta no Brasil.

A missão de importadores, exportadores, players do comércio exterior e principalmente do governo é reverter essa situação, e mostrar que o Brasil pode sim ser um país sério.

Possíveis acordos entre EUA e China

O Brasil e Estados Unidos possuem muitos produtos semelhantes, principalmente no setor agropecuário. Com a guerra comercial estabelecida entre China e EUA, o gigante asiático sempre optou por comprar insumos como os listados acima do Brasil ao invés dos Estados Unidos.

Com um possível acordo entre Xi Jinping e Donald Trump, a China pode optar por comprar produtos americanos. Se a China passar a comprar esses commodities dos Estados Unidos, isso pode significar uma queda na balança comercial brasileira.

Busca por mão de obra qualificada

Empresas multinacionais e globais possuem dificuldades em encontrar mão de obra qualificada, para se relacionar com parceiros no exterior. A maior dificuldade é encontrar colaboradores que possuam inglês qualificado e outros idiomas de tal forma que consigam negociar internacionalmente.

Além disso, as empresas buscam profissionais que sejam capazes de tomar decisões assertivas, solucionar problemas com agilidade e se preocupar intensamente com a qualidade do serviço prestado ao cliente.

Falta de diversificação de mercado

Com o fechamento das fábricas na China durante a epidemia do coronavírus, muitas indústrias foram afetadas no Brasil, linhas de produção pararam por falta de insumos importados do gigante asiático.

Por esse motivo, é importante que o Brasil busque diversificação de mercado para suprir sua demanda por insumos para produção e reduzir riscos na dependência por determinado país.

O desafio dos internacionalistas é desenvolver parcerias e fornecedores com outros países que possam suprir essa necessidade do mercado brasileiro.

Artigo escrito por Kauana Pacheco para a LogComex

Kauana tem seis anos de experiência no comex, é formada em Negócios Internacionais e cursa pós graduação em Big Data & Market Intelligence. É criadora da página de conteúdo sobre comércio exterior, ComexLand, onde escreve sobre economia global e comércio internacional.

Kauana Pacheco

Kauana Pacheco

Kauana é formada em Negócios Internacionais e é pós-graduada em Big Data & Market Intelligence. Kauana é a fundadora da ComexLand, onde atua como especialista em marketing focado para empresas do Comércio Exterior e Logística Internacional.