Quais são as novidades no comércio exterior?
Com as medidas de combate ao COVID-19, muitas das mudanças esperadas para os próximos anos se tornaram ainda mais rápidas, e a cada dia estamos mais próximos da 4ª revolução industrial, que em alguns países já começou com mais intensidade e outros menos.
Passamos por 3 revoluções até o momento, a de mecanização, a de produção em massa e a de automatização. A quarta revolução que iremos enfrentar se trata de produção inteligente.
Atualmente vivemos em um mundo globalizado, isso significa que o comércio internacional estará totalmente engajado nessa nova revolução que irá proporcionar a criação de novos modelos de negócios, redução de resíduos, otimização do tempo, redução de custos a médio e longo prazo, redução significativa de erros operacionais e cadeias logísticas integradas.
De nada adianta grandes tecnologias nos parques industriais e complexos logísticos se não há desburocratização e facilidade nos trâmites nacionais e internacionais. Com o surto da pandemia, diversas nações perceberam sua grande dependência pela China e também se viram na obrigação de facilitar e promover o comércio exterior.
O Banco Mundial publicou um manual de boas práticas para o comércio exterior, e nesse documento o Brasil ficou em primeiro lugar, sendo um exemplo para o mundo em políticas de redução tarifária, facilitação de comércio e agilização alfandegária.
Desburocratização:
A primeira boa notícia que os profissionais da área receberam, foi a aceitação da documentação digitalizada pela Receita Federal, recintos alfandegados, agentes de carga e companhias de transporte. A Pinho International Logistics colaborou para esse acontecimento, propondo um abaixo assinado para a aceitação das documentações digitalizadas.
Conforme o artigo “Comércio exterior ao lado da saúde – Conheça medidas adotadas pelo Brasil”, o governo brasileiro trabalhou juntamente com a ANVISA para facilitar a liberação de produtos utilizados ao combate da doença, a isenção de tributos e o privilégio de venda para o mercado nacional.
Após observarmos que é possível a facilitação e desburocratização do comércio exterior, podemos ingressar em novas tecnologias que nos permitem agilidade nos processos e mais segurança.
Dados:
Big data é fundamental na gestão de dados logísticos para a administração de informações, ele pode ser trabalhado juntamente com Blockchain, que é um novo tipo de sistema de base de dados que mantém, registra e autentica dados e transações. Essa tecnologia será o grande concorrente dos cartórios em breve, pois garante muita segurança nos dados das operações diárias.
Processo:
A Automação já ocorre de formas diferentes no comércio internacional, podemos observar de forma física, como em complexos logísticos automatizados em portos chineses e europeus. Ou na utilização na operação diária, como envio de follow up, rastreio de cargas, e a consulta e monitoramento de atualização nos sistemas da receita federal e alfândegas.
A internet das coisas garante a intersecção entre a cadeia de dados e o plano físico, fazendo com que haja muito mais velocidade nas informações e também podendo colaborar com a qualidade das informações, por exemplo, utilizar IoT para cargas que demandam contêineres refrigerados, garantindo a temperatura adequada em todas as fases da embarcação.
Meio ambiente:
Os armadores estão deixando de consumir até 8,5 milhões de toneladas de poluentes emitidos por navios, através da nova norma assinada IMO 2020, lei que entrou em vigor em janeiro com o objetivo de reduzir poluição.
A atitude dos portos e aeroportos em não utilizar papel também ajuda o meio ambiente e traz mais agilidade nas liberações das mercadorias, o objetivo é que todos os documentos sejam convertidos em um único.
Agora é com você, profissional! Quais são as novidades no seu dia?
Artigo escrito por Kauana Pacheco para a Pinho International Logistics
Kauana tem seis anos de experiência no comex, é formada em Negócios Internacionais e cursa pós graduação em Big Data & Market Intelligence. É criadora da página de conteúdo sobre comércio exterior, ComexLand, onde escreve sobre economia global e comércio internacional.
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