Como foi o primeiro trimestre de 2022 para o Comércio Exterior?
O primeiro trimestre deste ano foi de extrema importância para o comércio exterior brasileiro, com recordes históricos de exportações, importações e superávits na balança comercial. No cenário internacional como um todo, o período foi marcado pela reabertura dos mercados e ascensão econômica se compararmos aos três primeiros meses do ano passado, quando as medidas restritivas contra a Covid-19 ainda eram bem fortes e a vacinação em massa ainda não tinha se iniciado.
Quanto o Brasil exportou e importou no período?
Falando sobre o desempenho das exportações e importações brasileiras neste primeiro semestre, temos os seguintes números: a corrente de comércio, que é a soma de todas as exportações e importações do período, avançou 26% atingindo US$132,16 bilhões, sendo US$71,74 bilhões das exportações e US$60,42 bilhões provenientes das importações, que registraram alta de 26,8% e 25%, respectivamente.
O saldo da balança comercial brasileira, que consiste na diferença entre o valor exportado e o importado, foi positivo para o Brasil, que alcançou o segundo maior superávit da história para os três primeiros meses do ano, US$11,31 bilhões, alta de 37,6% em relação a 2021.
Quais foram os setores que mais se desenvolveram?
Sabemos que o Brasil é um dos principais exportadores de commodities agrícolas do mundo e que os embarques dos insumos básicos correspondem a mais de 50% da nossa pauta exportadora. Entre janeiro e março deste ano, podemos perceber que o setor continua em destaque e crescimento. As exportações de produtos agropecuários no geral subiram 61% e chegaram a US$16,45 bilhões, já o segmento da Indústria de Transformação vendeu 33,4% a mais que no primeiro trimestre de 2021, alcançando US$39,02 bilhões. Na Indústria Extrativa houve queda de 5,3% no valor exportado com a diminuição da demanda chinesa por minério de ferro, uma das nossas principais commodities, chegando a US$15,94 bilhões.
Nas importações, as compras de produtos do setor agropecuário subiram apenas 0,9% no trimestre e alcançaram US$1,27 bilhão. Na Indústria Extrativa, houve alta de 168,1% somando US$6,13 bilhões e na Indústria de Transformação, principal destaque das nossas importações, o desempenho do setor foi de 20%, alcançando US$52,43 bilhões.
Para onde o Brasil vendeu? De onde o Brasil comprou?
Em relação aos nossos principais parceiros comerciais, a Secretaria de Comércio Exterior (SECEX) divulgou que houve alta nas exportações para todos os principais destinos dos nossos produtos, principalmente para a União Europeia, que comprou 42,8% a mais que no primeiro trimestre de 2021, os Estados Unidos, que registraram alta de 35,3%, Argentina e China, cujas exportações cresceram 20% e 8%, respectivamente.
Nas importações, houve alta de 40,8% nas compras de produtos dos Estados Unidos, 39,2% da China e de 11% de itens oriundos de países da União Europeia. Já a Argentina, que é a nossa terceira principal parceira econômica, registrou queda de 4,1% nas exportações para o Brasil.
Segundo as estimativas divulgadas pelo Governo, a expectativa para este ano é que a receita com exportações cresça devido a demanda crescente dos nossos produtos e a alta generalizada dos preços.