Black Friday – Como surgiu o termo e qual a relevância para o Brasil?
Na próxima sexta-feira, 26 de novembro, é celebrada a Black Friday, data de alta movimentação no comércio em que lojas de pequeno, médio e grande porte fazem promoções para atrair um grande volume de clientes e, consequentemente, obter lucros com as vendas dos mais diversos tipos de produtos e serviços.
Essa data teve origem nos Estados Unidos e se popularizou por volta de meados dos anos 90, sendo celebrada sempre um dia após o Thanksgiving (Dia de Ação de Graças), que acontece sempre na última quinta-feira do mês de novembro, sendo o dia seguinte destinado ao comércio e às super promoções que atraem milhares de clientes todos os anos. Com o sucesso norte americano, a data foi se espalhando por todo o mundo até que chegou ao Brasil em 2010, e desde então vem crescendo a cada ano e gerando grandes lucros para as empresas de diferentes setores, dando início também a temporada de compras natalícias, a alta temporada do comércio em todo o mundo.
Estatísticas da data
No último ano, as vendas de Black Friday ultrapassaram R$5,1 bilhões, registrando alta de 31% em relação a 2019. A pandemia e as medidas de restrições impostas por ela foi um dos principais fatores que impulsionaram as vendas nesta data no último ano, visto que as vendas online se tornaram muito mais atrativas e grande parte dos clientes optaram por comprar de casa e receber seus produtos sem nenhuma preocupação. Outro ponto relevante foi o ticket médio do brasileiro na última Black Friday, que cresceu 5,1% em relação a 2019 e ficou por volta de R$670.
A Black Friday de 2020 representou no Brasil, no entanto, um marco para a história do e-commerce brasileiro por ter concentrado o maior volume de vendas já registrado no país em todos os tempos.
E-commerce
Desde o início da pandemia, com as medidas de isolamento e todas as restrições, o comércio eletrônico foi se intensificando e se tornando cada vez mais presente no nosso dia a dia. Atualmente, já são mais de 1 milhão de lojas virtuais no Brasil, 22% a mais do que existiam em 2020.
Segundo um estudo divulgado pela Nielsen, empresa americana de informação, dados e pesquisas de mercado, as vendas do e-commerce brasileiro chegaram a R$53,4 bilhões no primeiro semestre deste ano, registrando um crescimento de 31% em relação ao ano passado, com 42 milhões de pessoas comprando em lojas virtuais, sendo 6,2 milhões novos usuários.
A tendência é que mesmo com o relaxamento das medidas de isolamento, como estamos vivendo atualmente, as lojas online continuem em alta no próximo ano, visto que o padrão de consumo mudou bastante e os clientes acabam optando por mais comodidade ao receber compras em casa, seja de itens de supermercado, comida pronta para o consumo, roupas ou eletrônicos.
Iara é graduada em Relações Internacionais e Comércio Exterior. Produtora de conteúdo na página ComexLand com experiência de mercado na área comercial, de logística e importação.