Expo Dubai e as relações entre Brasil e os Emirados Árabes Unidos
No dia 30 de setembro, foi anunciada a abertura do maior evento internacional aberto ao público desde o início da pandemia de Covid-19, a Expo Dubai 2020, que foi adiada no último ano devido às medidas de restrição impostas na época. A expo tem a duração de seis meses e mais de 20 milhões de pessoas são esperadas para o evento, sendo cerca de 70% pessoas de fora dos Emirados Árabes Unidos.
As exposições são realizadas desde 1851 e desde 2000 elas acontecem de 5 em 5 anos, a última aconteceu em Milão, na Itália, e a próxima terá o Japão como país sede. Essa é a primeira vez na história em que a exposição é realizada em um país árabe. As exposições têm como principal objetivo buscar soluções inovadoras para desafios mundiais a partir da reunião de diferentes nações. O principal foco deste ano é a criação de oportunidades relacionadas à mobilidade com foco no desenvolvimento sustentável, sendo o tema do evento: “Conectando mentes, criando o futuro”.
Um dos legados mais icônicos foi da exposição de 1889, em Paris, cuja Torre Eiffel foi construída para o evento e permanece até hoje como o símbolo mais marcante da França. Em 1958, o Atomium, em Bruxelas, também foi construído para o evento.
Qual a relevância do evento para o Brasil?
O dia 15 de novembro, foi o “Dia Nacional do Brasil” na Expo Dubai, que contou com o discurso do presidente do país e a presença de alguns membros do governo. A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) reforçou a importância da participação brasileira no evento, que conta com um pavilhão voltado para a sustentabilidade, para buscar novos parceiros e investimentos estrangeiros através de um reposicionamento da imagem do país que a fim de superar a crise econômica resultante dos meses de pandemia.
Relações entre Brasil e os Emirados Árabes Unidos
Além de ser um importante parceiro histórico nas importações e exportações brasileiras, os Emirados vêm aumentando a participação na nossa economia. Neste ano, o país foi o sexto principal destino da nossa carne bovina, aumentando suas importações em 14%.
As exportações de carnes de aves, no entanto, são o principal destaque da nossa pauta para o país árabe, além do ouro, açúcares e celulose. Nas importações de produtos de origem dos Emirados Árabes, os óleos combustíveis de petróleo são o principal destaque, seguidos de alumínio, enxofre e adubos ou fertilizantes.
No acumulado deste ano, as exportações brasileiras já superaram US$1,7 bilhões, e as importações, US$872,1 milhões, gerando um superávit para o Brasil de cerca de US$886,1 milhões, sendo o 28º principal destino das nossas exportações e a 35ª principal origem das nossas importações.
Iara é graduada em Relações Internacionais e Comércio Exterior. Produtora de conteúdo na página ComexLand com experiência de mercado na área comercial, de logística e importação.