A “Cegueira” do Desenvolvimento Humano no Comércio Exterior, de onde vem?
“Saiba que são suas decisões,
e não suas condições,
que determinam seu destino”
Tony Robbins
Dadas as devidas proporções, o Mundo Corporativo é isso, um mundo, enquanto nós somos um Universo, então a pergunta que fica é: “O que cabe dentro do quê?”
Acontece que quando estamos inseridos no mundo corporativo, acabamos por confundir ou até inverter essa ordem e, consideramos que nosso cargo, função, posição, empresa que trabalhamos é o nosso todo e, que sem aquilo, nada somos.
Ledo e Perigoso Engano!
Como seres humanos, somos muito mais do que apenas o nosso trabalho, ainda que ele ocupe uma grande parte de nós e, tenha a sua importância e relevância, sem dúvida, afinal, dependemos dele para nossa sobrevivência e, conhecemos até a frase que diz que “o trabalho dignifica o homem”.
Agora pare para pensar quantos “papeis” você desempenha em sua vida?
No meu caso, cito alguns: Mãe, Esposa, Filha, Empreendedora, Mentora, Influenciadora, etc, etc, para citar apenas alguns e, o papel que desempenho atribuído ao meu trabalho é apenas um dentre tantos outros.
É claro que ele é bem importante e significativo, porém, e ainda assim, é apenas uma parcela e não o todo. Há que se ter isso claro. E, fortificar o seu Universo irá inclusive contribuir positivamente para que o seu desempenho no trabalho seja melhor.
Dessa forma se autoconhecer e desenvolver constantemente novas habilidades, principalmente do ponto de vista comportamental, irá impactar e muito em todos esses papeis que precisamos desempenhar.
O ponto é que ficamos muitas vezes “limitados” a pensar que apenas o desenvolvimento de habilidades técnicas é suficiente para suprir um bom desempenho no trabalho e, olhe que por muito tempo eu não fui exceção a esse pensamento.
Mas ele é outro Ledo e Perigoso Engano!
Como seres interdependentes precisamos interagir e fluir em nossos relacionamentos interpessoais e, isso passa obrigatoriamente por se autoconhecer para poder dentre outras coisas, se comunicar melhor e de forma mais assertiva, para não dizer empática.
O Comércio Exterior é uma área extremamente técnica e que exige sim que o profissional que ali está se desenvolva do ponto de vista técnico constantemente, mas é apenas isso?
Não!
Por mais de 30 anos da minha trajetória voltada ao Comex eu me desenvolvi muito do ponto de vista técnico, o que ajudou e contribuiu para a minha caminhada de especialização e crescimento na carreira, me ajudando a lidar e resolver questões inclusive complexas do dia a dia e hoje depois da minha jornada no Autoconhecimento e no Desenvolvimento de Habilidades Comportamentais, que eu considero importantes de serem desenvolvidas para quem está nessa área tão dinâmica e ainda burocrática que é o Comex, eu vejo que a caminhada poderia ter sido mais leve e significativa.
Para entender, é dizer o que sempre digo: “Os problemas não vão deixar de existir, somos nós que mudamos para encará-los de uma outra forma” e, ao final é disso que se trata.
Acontece que ficamos inseridos dentro de um contexto que nos impede de ver o que está muitas vezes bem a nossa frente.
É a nossa “Cegueira” ou “Ignorância” a cerca do que não sabemos ou conhecemos, incluindo a nós mesmos.
Por parte das empresas, vejo que isso também acontece.
Existe uma preocupação grande no Desenvolvimento Técnico dos Profissionais e, de se conseguir cada vez mais e mais certificações, mas pouca luz ou consciência se tem acerca da importância de desenvolver as pessoas para que no mínimo consigam dar conta do seu dia a dia sem “pirar”.
Percebo que há uma resistência em investir nos seus colaboradores, com certo medo de que depois eles cresçam e queiram partir dali levando todo o conhecimento adquirido e “pago” pela empresa.
E esse é outro Ledo e Perigoso Engano!
Primeiro que nenhuma empresa é “dona” de ninguém. As pessoas são livres para irem e virem como e quando quiserem. O que a empresa pode e deve fazer é criar condições favoráveis para que as pessoas queiram estar ali, o que é bem diferente.
Outro ponto é que não devemos ter o pensamento de desenvolver as pessoas apenas porque trarão maiores ou melhores resultados, porque isso é consequência, mas sim porque serão seres humanos melhores para o meio que vivem e para o mundo.
Sim, contribuir com o desenvolvimento das pessoas é inclusive nobre e, tem um alcance muito maior que a “cegueira” não permite enxergar.
Costumo dizer que na minha missão de contribuir principalmente com o crescimento e desenvolvimento de profissionais e lideranças do Comércio Exterior, eu tenho desbravado mares inóspitos, tamanha é a deficiência de se enxergar os benefícios que isso traz, seja pelas próprias pessoas no ponto de vista individual, seja no coletivo através das empresas que simplesmente não investem no desenvolvimento dos seus colaboradores.
Em pesquisas que realizei no Linkedin por dois anos consecutivos, o resultado mostrou que 98% das pessoas respondentes à pesquisa afirmaram que “gostariam que as suas empresas investissem mais no desenvolvimento delas” e, isso inclui pessoas com altos cargos de liderança.
E quando me deparo com esses fatos, vejo o quanto o meu trabalho é ainda mais importante de ser cada vez mais construído e levado adiante, afinal as pessoas não sabem sobre o que elas não sabem, pois até para saber que não sabem, elas precisam saber.
Como Coach e Mentora para o Comex e para a Vida, a minha Missão e o meu Propósito passam por treinar, desenvolver e contribuir com o Sucesso e Crescimento das Pessoas e Empresas dessa nossa área tão apaixonante.
E como não poderia deixar de ser, digo: Vamos juntos!
Gislaine Rossi
Coach e Mentora para o Comex e para a Vida. É também Mãe, Esposa e Amante da vida. Fundadora da GR Consultoria e Desenvolvimento Humano. Após uma carreira de 30 anos no mundo corporativo voltados ao Comércio Exterior, onde exerceu inclusive cargos de liderança em multinacionais de grande porte, se reinventou para poder justamente ajudar aos profissionais e líderes da área de Comex a se desenvolverem.
Para saber mais acesse: www.gislainerossi.com.br