Brasil e Estados Unidos: Um resumo da relação “BOLSOTRUMP” e influências internacionais
Bolsonaro é o Trump brasileiro? Ambos os políticos são populistas,nacionalistas, conservadores e ligados a direita. Nas propostas de Bolsonaro e em entrevistas realizadas, o mesmo ressaltou a admiração pelo governo de Trump:
“Deixaremos de louvar ditaduras assassinas e desprezar ou mesmo atacar democracias importantes como EUA, Israel e Itália. Não mais faremos acordos comerciais espúrios ou entregaremos o patrimônio do povo brasileiro para ditadores internacionais”
E ainda acrescentou sobre Donald Trump:
“Ele [Trump] diminuiu a carga tributária do setor produtivo, foi criticado, mas isso gerou emprego e atraiu novas empresas de fora. A Inglaterra fez isso há 20 anos. Admiro muito ele [Trump] por isso aí, ou vão querer que eu admire [Nicolás] Maduro [presidente venezuelano] ou o governo cubano?”
O presidente Donald Trump foi um dos primeiros presidentes a entrar em contato com o futuro presidente do Brasil.
Além disso, os dois presidentes tiveram contato telefônico, onde Donald Trump parabenizou Jair Bolsonaro pela vitória, e o futuro presidente, declarou:
“Nós queremos sim nos aproximar de vários países do mundo sem o viés ideológico” – Jair Bolsonaro
Relação Brasil e EUA 2019:
Economia:
Economicamente a relação entre Brasil e Estados Unidos não tende a mudar muito, os dois países possuem barreiras protecionistas e são concorrentes, ou seja, produzem e exportam os mesmos produtos.
O Brasil está na 10ª colocação de principais parceiros comerciais do Estados Unidos, e dependemos muito mais do país norte americano do que eles do Brasil, havendo assim um déficit na balança comercial comparando Brasil e Estados Unidos , porém comparando Brasil e China há um superávit na balança comercial brasileira.
Atualmente, o EUA está em guerra comercial com a China, no entanto, o Brasil não pode deixar de negociar com o seu principal parceiro comercial (China) para fomentar relações exteriores com o Estados Unidos.
Forças Armadas:
O Brasil no governo Bolsonaro tem a chance de fortalecer as forças armadas e Trump afirma que vai trabalhar com o futuro presidente do Brasil no comércio e nas Forças Armadas.
Bolsonaro ainda quer que Brasil participe da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), o objetivo seria trazer mais valor e visibilidade às forças armadas brasileira, bem como servir como braço de apoio ao Estados Unidos.
O presidente Donald Trump já demonstrou interesse em realizar uma intervenção militar na Venezuela, e para ele seria interessante o apoio do Brasil.
Influência do relacionamento TRUMP E BOLSONARO no comércio exterior:
Com a guerra comercial entre China e Estados Unidos, as exportações brasileiras só fomentam. No último mês, o Brasil teve o melhor resultado em exportações desde 2013, a exportação de soja e carne bovina para a china aumentou consideravelmente, dessa forma trazendo mais moeda estrangeira para o país, gerando empregos e consequentemente mais renda.
“Os exportadores de soja brasileira já levaram uma fortuna com a guerra comercial”, disse o vice-presidente da consultoria americana ED&F Man Capital Markets, Michael McDougall, que participou na terça-feira do Summit Agronegócio 2018.
Bolsonaro, deve apresentar a política internacional que deseja seguir, em relação a essa guerra comercial. Uma vez que a China é responsável por 44,1% das exportações brasileiras.
Paulo Guedes, representante econômico de Bolsonaro já afirmou que a “prioridade não é o Mercosul”, o que transforma as relações SUL-SUL e faz com que o Brasil passe a negociar com países europeus, norte americanos, além de focar na Coreia do Sul, Taiwan e Japão.
Seguindo passos de Trump, Bolsonaro pretende colocar a embaixada brasileira em Jerusalém, no próximo artigo vou abordar porque isso é um perigo para o comércio exterior brasileiro.
O Brasil é concorrente do Estados Unidos no comércio internacional, e com essa relação o Brasil não será beneficiado. Seremos, provavelmente, submissos a países protecionistas como Estados Unidos e China.
Brasil na OTAN pode desenvolver guerras que não são “nossas”, porém facilitaria a importação e exportação de armamento e materiais otimizando a economia brasileira.