CNPq – Órgãos Anuentes e sua Importância
No artigo de hoje falaremos sobre um órgão tanto quanto inusitado para grande parte das pessoas, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, mais conhecido como CNPq. Mas antes de adentrar na anuência do órgão, é fundamental que tracemos um paralelo sobre o desenvolvimento científico e seus efeitos no desenvolvimento da sociedade.
Trazendo para o contexto o fato de que vivemos na era em que a ciência e a tecnologia avançam a cada dia, além de possuir o respaldo da experimentação e comprovação de fenômenos que até então eram desconhecidos pela humanidade, podemos sentir os efeitos do avanço em nosso cotidiano sem nem mesmo imaginar a amplitude da escala de tal iniciativa.
Ao longo da história, avanços científicos foram cruciais para a construção do cenário que vemos hoje. Por exemplo: se você tem uma dor de cabeça, possui a opção de tomar um remédio e logo se livrar de sua dor. Porém alguém precisou estudar sobre o assunto. Testar, experimentar e comprovar a eficácia daquele medicamento através de métodos estabelecidos como padrão na comunidade internacional.
Esse exemplo atenta ao fato da importância do desenvolvimento científico, sendo que todas as descobertas contemporâneas contaram com incontáveis esforços de cientistas pelo mundo, além da cooperação entre os mesmos quando situados em fronteiras diferentes.
A demanda pela ciência conforme seu avanço ocorreu – e ocorre a cada dia – quando unida ao formato básico do Sistema Internacional, onde países dentro de sua própria soberania buscam na cooperação uma forma de resolver problemas, fez com que fosse essencial que a mesma “língua” fosse falada quando se visa desenvolver soluções, já que é uma das propostas primordiais da ciência. Por isso, internacionalmente é de praxe que o conhecimento científico necessite de ser compreendido em seu formato por qualquer ator envolvido neste meio, facilitando assim a compreensão e consequentemente o desenvolvimento gradativo da mesma.
Já em âmbito nacional, dentre diversas áreas em que é obrigação do Estado desenvolver, a ciência necessita da devida atenção para seu aprimoramento e resolução de questões relacionadas à prática de maneira ordenada. Por isso é de extrema importância a atuação de órgãos como o CNPq, já que dentro de sua jurisdição é responsável por ordenar e direcionar as práticas voltadas às pesquisas e sua aplicabilidade em âmbito social.
O CNPq é o órgão responsável por licenciar, fiscalizar e organizar atividades científicas e, como já é de compreensão, muitas vezes existem materiais e situações onde necessariamente haverá o contato com o âmbito internacional. Seja através da importação e/ou exportação de produtos destinados para pesquisas, direcionamento de ações locais e internacionais quando se envolvem uma ou mais partes que ultrapassam as fronteiras de nosso país. Inclusive, existe sob anuência do CNPq, o licenciamento necessário para comercialização de produtos que deverão ser utilizados para fins científicos.
Talvez algumas pessoas pensem: mas isso é pura burocracia. Realmente, estamos em um dos países mais burocráticos do mundo, porém é um trabalho fundamental a ser realizado, já que a ciência é a responsável por garantir a qualidade de vida dos indivíduos como um todo. Um exemplo disso? Uma vez comentaram comigo sobre a inutilidade de se estudar animais peçonhentos e questões relacionadas a algo que “não traga frutos para a sociedade”. Porém tais estudos são capazes de desenvolver medicamentos e soluções para problemas reais, então não é inútil. Muito pelo contrário, é de grande utilidade e qualquer um que conseguir conceber o propósito de toda a cadeia produtiva e não somente uma ponta dela, irá perceber isso também.
E uma reflexão interessante neste sentido é que, muitas vezes, são reconhecidas como iniciativas científicas somente aquelas voltadas para o âmbito da saúde e tecnologia, onde muitos acabam por desmerecer outras áreas de estudos como as ciências humanas. Acontece que ciência é ciência e, assim como em qualquer âmbito de nossas vidas, o desequilíbrio impede o desenvolvimento. Por isso todas as áreas contempladas pela ciência são fundamentais e o trabalho interno e também anuente do órgão é fundamental para a participação – e consequentemente usufruto de suas descobertas – de nosso país no alinhamento das expectativas no âmbito científico global.