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Intermodalidade e os benefícios para empresas brasileiras no comércio exterior

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Muito se fala sobre os benefícios da internacionalização, onde tenho que concordar que, sim, são diversos e em grande escala contribuem diretamente não somente para o desenvolvimento das empresas, mas também para todo o país e sociedade.

O início das operações depende de fatores internos na empresa, que vão desde a mentalidade internacional e o compilado de informações e conhecimento que direcione a iniciativa de maneira correta. Porém, existem questões externas a da empresa que podem influenciar – positiva ou negativamente – no sucesso de tais operações.

Uma das principais influências externas é a logística. Quem compreende pelo menos um pouco de Comércio Exterior sabe que grande parte da competitividade de um produto no exterior se dá através de uma logística inteligente. Mas como? Basicamente os custos logísticos de um transporte – tanto em nível local como global – afetam diretamente no preço final do mesmo. Será que meu produto chegará competitivo ao mercado alvo? Um bom planejamento logístico pode auxiliar nessa missão, quando atrelado às demais questões e estratégias de competitividade internacional.

Porém minha meta aqui não é lhe vender assessoria logística, mas sim apontar inclusive para questões estruturais de nosso país que poderiam favorecer para a expansão internacional das empresas brasileiras.

Por conta de uma série de acontecimentos históricos, o modal mais utilizado em âmbito interno brasileiro é o rodoviário. Não irei discutir sua eficiência ou levantar a bandeira de outros modais, porém muitas vezes o modal rodoviário não é o mais eficiente para escoamento. Por qual motivo? Cada tipo de produto e carga exige um estudo prévio e detalhado sobre eficiência. Um exemplo disso é que, cargas volumosas e com peso elevado muitas vezes poderiam possuir um potencial competitivo ainda maior se transportadas em outros modais até os portos brasileiros. Tal modal somente encareceria o custo de transporte interno da mercadoria – neste caso específico – e consequentemente afetaria no preço final.

Mas Nilo, meu produto ainda sim chega competitivo ao mercado destino. Tudo bem, mas já imaginou se pudesse utilizar outro modal onde haveria maior capacidade de transporte e economia em seus custos, aumentando inclusive seu lucro nessa carga? O melhor dos mundos, não?

O Brasil é um país com grande extensão territorial, contando com planícies e inclusive rios que poderiam possibilitar o investimento intermodal. E o aprimoramento de outros modais como o ferroviário e fluvial, por exemplo, são um desafio de grande valia na atualidade, já que uma das metas governamentais é incentivar o Comércio Exterior, em especial a exportação.

Muito se tem feito pela desburocratização do Comércio Exterior de nosso país, assim buscando o incentivo em tais operações pelas empresas em nosso território. Porém tal questão da intermodalidade poderia ser uma iniciativa complementar de aceleração deste processo.

Se cargas maiores e mais pesadas utilizam outros modais, possuem seu processo mais ágil, possibilitando inclusive a utilização de outros portos – ou até mesmo transporte internacional por tais modais, como o ferroviário, por exemplo – assim desafogando a demanda dos portos e terminais mais utilizados. Isso facilita inclusive para aqueles que, de acordo com estudos de viabilidade, precisam manter o modal rodoviário como principal.

Isso reduz a demanda rodoviária e requer menores investimentos de manutenção a longo prazo, fazendo com que tais recursos possam ser direcionados no melhoramento de rodovias – ou até mesmo os outros modais – que necessitam de melhoria na qualidade. São benefícios para todos.

Ou seja, maior agilidade para todos os envolvidos. Como sabemos, no Comércio Exterior, tempo é dinheiro. Por isso é uma reflexão importante. O que acha do assunto?

Nilo Scandaroli
Nilo Scandaroli
Profissional das Relações Internacionais; Sócio-Diretor da empresa Joint Company Negócios Internacionais; Chefe de Operações da Zeit Org e fundador do Canal “Conversa com Internacionalista”.