Medidas expansionistas: por que o governo está reduzindo o imposto de importação de diversos produtos?
O Ministério da Economia divulgou essa semana que irá reduzir (ou zerar) o imposto de importação de diversos alimentos, ajudando assim a combater a inflação no país que já alcançou patamares bem elevados. Na lista divulgada, estão produtos como farinha de trigo, carne bovina e de aves, biscoitos e milho em grãos. Além dos alimentos, itens utilizados no setor da construção civil também compõem a lista, como aço e barras de ferro.
Ainda essa semana, em outra resolução, o governo também divulgou que estava alterando para 0% as alíquotas do imposto de importação incidentes sobre várias máquinas e equipamentos na condição de ex-tarifários, ou seja, desde que não haja produção nacional equivalente.
Mas, afinal, o que está acontecendo com a economia e por que o governo está reduzindo a sua principal fonte de receitas, que são com o recolhimento de impostos, com essas medidas que estimulam a importação mais barata para as empresas?
Como citamos no início, a inflação é um dos principais problemas da agenda econômica brasileira da atualidade, sendo assim, causar um choque de oferta, ou seja, estimular a entrada de mais produtos, fazem com que o preço automaticamente caia, evitando com que as empresas fiquem com muito estoque, percam produtos ou percam clientes para a própria concorrência.
Política fiscal expansionista
O termo “política fiscal expansionista” é muito utilizado na economia, e funciona basicamente com a adoção de medidas pelo governo para estimular a expansão econômica, sendo a redução de tributos uma das medidas de maior impacto. Além da redução das alíquotas de diferentes impostos, também fazem parte de uma política fiscal expansionista: o aumento dos gastos do governo com investimentos, compra de moeda estrangeira pelo Banco Central para evitar a desvalorização da moeda e a redução dos juros.
Assim como existem medidas expansionistas, também há políticas contracionistas, que funcionam como o oposto uma da outra. As medidas contracionistas envolvem ações para desacelerar a economia, diminuindo o poder de consumo da população para evitar uma deflação, que também é prejudicial para o país. Nestes casos, o governo busca arrecadar mais impostos, elevando as alíquotas ou criando novos tributos, se necessário.
Enfim, vamos acompanhar os novos rumos da economia e aguardar que as reduções dos impostos anunciadas realmente cheguem ao bolso do consumidor final, aumentando o poder de compra da população neste momento de crise!
Iara é graduada em Relações Internacionais e Comércio Exterior é produtora de conteúdo da página ComexLand, possui experiência de mercado na área comercial, de logística e importação.