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MOEDAS DIGITAIS E A REVOLUÇÃO NA ECONOMIA

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Mais uma vez inovando o jeito de se fazer dinheiro, no início deste mês de abril, a China anunciou oficialmente o Yuan digital como moeda do país, projeto que já estava sendo estudado e testado desde 2014 e que finalmente teve o aval necessário para “circulação”, inclusive trabalhadores chineses já estão recebendo o salário via yuan digital. Essa é a nova revolução chinesa da forma de lidar com o dinheiro, pois há um milênio, o gigante asiático foi a primeira nação a lançar o dinheiro de papel, que agora está até caindo em desuso devido à facilidade e à segurança dos meios de pagamentos digitais.

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A moeda virtual será emitida e controlada pelo Banco Popular da China (BPC) e analistas já preveem que a nova moeda chinesa poderá se tornar a terceira maior reserva monetária mundial, ficando atrás do dólar e do euro apenas, motivo de temor dos Estados Unidos (que vivem uma guerra comercial com a China) devido ao receio quanto a sua segurança nacional e a perda do domínio global do dólar. No entanto, o Banco chinês informou que essa não é a intenção da moeda, mas a internacionalização que acontecerá de forma gradativa.

Alguns analistas do mercado internacional temem que a corrida chinesa para a emissão da moeda digital esteja relacionada com o governo autoritário do país, que quer aumentar o controle sobre as transações financeiras e sobre a transferência ilegal de divisas.

Para os Jogos Olímpicos de Inverno que acontecerão no próximo ano em Pequim, o governo chinês irá estimular que atletas e turistas estrangeiros adquiram seus e-yuans para facilitar os pagamentos do dia a dia, o que irá movimentar de forma elevada o uso desses recursos devido à relevância do evento e a participação de todo o mundo.

Mas é tipo Bitcoin?

Não! Criptomoedas, como o Bitcoin possuem sua demanda descentralizada, assim seu valor oscila conforme o ritmo do mercado. Já a moeda digital soberana, que é emitida pelo Banco Central de cada país, possui o mesmo valor da moeda impressa, tendo lastro na economia e não gerando inflação. Ou seja, não se injeta mais dinheiro no país, é como se a cada moeda digital emitida, uma moeda física fosse recolhida.

E o “resto” do mundo?

Um estudo feito pelo Banco de Compensações Internacionais, mostrou que a onda das moedas digitais está prestes a alcançar diversos outros países, sendo que 86% já estudam o potencial para implementação e 14% já lançaram testes. As Bahamas, por exemplo, já possuem moeda digital desde o ano passado, o “Sand Dollar” é emitido pelo Banco Central das Bahamas e possui o mesmo valor do dólar comum em circulação no país. No entanto, por ser um país com mais de um bilhão de habitantes e uma das nações mais influentes na economia mundial, a moeda digital chinesa ganhou muito mais destaque.

Com a rápida digitalização dos meios de pagamentos, o Banco Central (BC) do Brasil também já demonstrou interesse em lançar o “real digital”. Em agosto do ano passado, o BC criou um grupo para discutir sobre os prós e contras de uma eventual moeda digital brasileira e, ao que tudo indica, estamos no caminho para lançar a nossa e-moeda em breve.

Iara é graduanda em Relações Internacionais e Comércio Exterior. Produtora de conteúdo na página ComexLand com experiência de mercado na área comercial, de logística e importação.

Iara Neme
Iara Neme
Graduada em Relações Internacionais e Comércio Exterior. Produtora de conteúdo na página ComexLand com experiência de mercado na área comercial, de logística e importação.