Mudanças que o coronavírus provocou dentro das empresas comércio exterior
Quando o hábito e necessidades da população mudam, consequentemente a economia muda. Com a pandemia COVID-19, houveram mudanças governamentais, na sociedade, na economia, na concorrência, nos fornecedores e no mercado. Neste artigo será abordado como o coronavírus gerou mudanças em setores dentro de empresas de comércio exterior.
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Logística;
Mesmo a balança comercial positiva no mês de fevereiro, diversas exportadoras brasileiras afirmaram problemas logísticos para embarcar ou entregar suas cargas no destino.
Diversos contêineres estão parados no porto de Singapura, onde não há mais pontos de energia disponível para contêineres reefer, ou seja, contêineres refrigerados para mercadorias perecíveis. Isso gera maior custo, pois armadores estão cobrando a sobretaxa de congestion fee.
E a sobretaxa não é o único problema, está faltando container disponível para novos embarques, e retirar container vazio está cada vez mais difícil, exportadores estão tentando realizar a coleta em portos mais distantes que o normal.
Em embarques aéreos, as reservas estão cada vez mais difíceis com o cancelamento de diversas rotas internacionais, após a grande queda na bolsa de diversas companhias.
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Além disso, alguns países estão exigindo novas documentações para certificação de isenção de coronavírus nos produtos, gerando mais burocracia e piorando a balança comercial de muitos países, como é o caso da Itália.
“Isso é absolutamente injustificado. Todos os mais respeitados órgãos internacionais de segurança alimentar afirmam que o coronavírus não pode ser transmitido através desse tipo de produto (alimentar)” – Lorenzo Bazzana
Comercial;
Como forma de precaução, os setores comerciais optaram por cancelar viagens internacionais de negócios para empresas e fábricas, e realizar encontros através de plataformas online ou telefone.
Além disso, o maior evento de comércio exterior da América Latina, a feira INTERMODAL, foi adiada para a segunda quinzena de julho.
Ambiente de trabalho;
Algumas empresas já permitiam que seus funcionários trabalhassem remotamente, por questões de segurança, diversos colaboradores foram instruídos a adotar o Home Office. Além disso, as empresas estão liberando seus colaboradores a flexibilizar a escala de trabalho, para evitar horário de pico em transportes públicos.
As fábricas estão adotando medidas de biossegurança para seus colaboradores que não podem trabalhar em Home Office. Com a falta de insumos para a produção, algumas fábricas brasileiras interromperam suas operações e deram férias coletivas aos seus funcionários.