Participação do Brasil na OCDE
Em 2017, o Brasil abriu um pedido para ingressar na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), mas apenas no último dia 25, cinco anos depois, o convite da entidade para iniciar as negociações com o Brasil foi feito, motivo de muitas comemorações para o Brasil que terá a chance de ser membro desta organização internacional tão importante e com tantas economias relevantes, no entanto, o processo que pode demorar anos até sua formalização devido à várias exigências. Assim, espera-se que o Brasil consiga entrar de fato na organização após 2025.
A OCDE foi fundada no dia 16 de março de 1961 sendo Paris a sua sede oficial, tendo como os principais objetivos estimular o progresso econômico e o comércio mundial, tornando as relações entre os países cada vez mais próximas, menos burocráticas e mais eficazes. Uma das principais características do grupo é ser composto por economias de alta renda e Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) elevado. Em 2017, os países da OCDE representavam mais de 60% do PIB nominal global e 43% do PIB global por paridade de poder de compra. Os países da OCDE e seus sócios representam atualmente quase 80% de todo o comércio e dos investimentos mundiais.
Além da questão econômica e de comércio exterior, os membros da organização também debatem outros temas, sendo as principais referências mundiais em ciência e tecnologia, educação, meio ambiente, cultura, segurança, investimentos e outros temas pertinentes aos países desenvolvidos.
A OCDE possui 20 membros fundadores, mas com o passar dos anos e atendendo aos requisitos, diversos países foram se unindo. O Chile foi o primeiro país da América do Sul a ingressar na OCDE, anos depois, em 2020, a Colômbia também conseguiu fazer parte e no ano passado, a Costa Rica também ingressou. Atualmente, o grupo é composto por 38 países, sendo eles:
- Austrália
- Áustria
- Bélgica
- Canadá
- Chile
- Colômbia
- Costa Rica
- República Tcheca
- Dinamarca
- Estônia
- Finlândia
- França
- Alemanha
- Grécia
- Hungria
- Islândia
- Irlanda
- Israel
- Itália
- Japão
- Coreia do Sul
- Letônia
- Lituânia
- Luxemburgo
- México
- Holanda
- Nova Zelândia
- Noruega
- Polônia
- Portugal
- Eslováquia
- Eslovênia
- Espanha
- Suíça
- Suécia
- Turquia
- Reino Unido
- Estados Unidos
Entrada do Brasil na OCDE
Com a notícia do convite para iniciar as negociações com a OCDE, o Brasil, que cobiça uma vaga há anos na organização, terá que se preparar ainda mais para conseguir que essa vaga seja de fato efetivada, por exemplo: dos 253 termos legais exigidos pela instituição, o Brasil já adotou 103, mas ainda há um longo caminho a se percorrer pelos próximos anos.
Além do Brasil, Argentina, Peru, Bulgária, Croácia e Romênia também receberam um convite nesta semana para iniciar os processos de ingresso à OCDE.
Mesmo não sendo membro até hoje, o Brasil possui parcerias com a OCDE desde 1994 e é convidado para participar de todas as reuniões desde 1999. A partir de 2007, o Brasil foi considerado sócio-chave da organização, assim como a África do Sul, China, Índia (também membros do BRICS) e a Indonésia.
Mas com a efetivação como país membro, o Brasil terá diversos benefícios e um maior prestígio internacional. Atualmente, apesar de participar das reuniões, o Brasil ainda não participa “de igual para igual” nas discussões sobre os mais diversos problemas globais, mas com a formalização, o país ganhará um “selo de qualidade” mostrando também o nosso compromisso em promover uma economia aberta e transparente no cenário internacional.
Iara é graduada em Relações Internacionais e Comércio Exterior. Produtora de conteúdo na página ComexLand com experiência de mercado na área comercial, de logística e importação.