Participação dos estados no Comércio Exterior brasileiro
São Paulo
O Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) divulgou os dados sobre todas as importações e exportações brasileiras realizadas no ano de 2021. Nessa série de artigos, iremos destacar os estados que mais contribuíram para a balança comercial brasileira e seus respectivos produtos importados ou exportados.
Em primeiro lugar, vem o estado de São Paulo, que há anos é líder disparado entre os estados no volume e valor exportado e importado. O estado é referência dentre as maiores economias do mundo e seu Produto Interno Bruto (PIB) é maior que de muitos países, como a Argentina, Bélgica, Suécia, Irlanda e Dinamarca. O estado é também o maior produtor mundial de itens destinados à exportação, como suco de laranja, açúcar e etanol, além de possuir o maior porto e o maior aeroporto da América Latina, o Porto de Santos e o Aeroporto de Guarulhos. Além disso, São Paulo também concentra cerca de 22% da população brasileira com seus mais de 45 milhões de habitantes.
Agora que já entendemos a importância do estado para a economia nacional e sua grandeza, vamos falar de Comércio Exterior?
Confira o levantamento das importações e exportações paulistas do último ano:
Cerca de 30% de tudo que foi importado pelo Brasil em 2021 foi pelo estado de São Paulo, nas exportações brasileiras, a fatia de participação do estado foi de quase 20%. Se comparado aos dados de 2020, as importações tiveram alta de 24,1% e as exportações cresceram 26,8%. A balança comercial foi deficitária para o estado, ou seja, São Paulo realizou mais importações que exportações.
A soma de todas as importações foi de US$67,21 bilhões, e as exportações atingiram quase US$54 bilhões, gerando um déficit comercial de US$13 bilhões.
As importações e exportações paulistas são bem diversificadas, sendo os produtos da indústria de transformação os maiores destaques.
Dos US$67 bilhões em produtos importados pelo estado de São Paulo no ano passado, 97% foram os mais diversos itens da indústria de transformação, como: compostos organo-inorgânicos, compostos heterocíclicos, ácidos nucléicos, partes e acessórios de veículos automotivos, inseticidas, equipamentos de telecomunicações, medicamentos e produtos farmacêuticos de uso humano e veterinário, adubos e fertilizantes, óleos combustíveis de petróleo, motores, máquinas, alumínio, dentre muitos outros.
Nas exportações, os destaques foram açúcares e melaços, com 10% de participação do total embarcado, óleos brutos de petróleo, óleos combustíveis de petróleo e a soja.
A expectativa para 2022 é que o estado continue em ritmo de crescimento, segundo a Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), o estado terá R$27,5 bilhões para impulsionar a retomada econômica, o maior orçamento para investimentos da história. Ainda não foram definidos onde os valores serão alocados, mas espera-se que do montante, R$1,1 bilhão seja destinado à Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento e cerca de R$7 bilhões para a infraestrutura, melhorando rodovias, hidrovias, ferrovias e aeroportos.
Iara é graduada em Relações Internacionais e Comércio Exterior. Produtora de conteúdo na página ComexLand com experiência de mercado na área comercial, de logística e importação.