Acordo transfronteiriço sem papel Ásia-Pacífico
O Acordo transfronteiriço sem papel Ásia-Pacífico, que entrou em vigor em 21 de fevereiro, visa facilitar ainda mais o comércio na região e é o primeiro acordo multilateral transfronteiriço sem papel sob a estrutura da ONU.
Cerca de 30 membros da Comissão Econômica e Social das Nações Unidas para a Ásia-Pacífico (ESCAP) aderiram ao acordo, destaque para a Rússia, República da Coreia, Índia e Indonésia.
Vale ressaltar que a proposta inovadora originou-se da ESCAP e a propulsora do acordo conta com todos os países envolvidos localizados ao longo do Cinturão e Rota.
UMA CHINA ESTRATÉGICA: RELEMBRE O MAIOR ACORDO
O Acordo transfronteiriço sem papel Ásia-Pacífico é o segundo passo recente firmado que envolve a China. A Parceria Econômica Global Abrangente (RCEP), assinado em novembro do ano passado, é um acordo de livre comércio entre 15 países da região Ásia-Pacífico, que contém pautas sobre propriedade intelectual, telecomunicações, serviços financeiros, comércio eletrônico e serviços profissionais.
Já havia práticas de livre-comércio entre alguns países membros. Mas a vantagem que o mega-acordo propõe é bem mais ampla. Como exemplo, empresas que dependem de cadeias de suprimentos globais podiam ser afetadas por tarifas alfandegárias. Agora, o trânsito entre os países-membros foi facilitado e isso abre novas oportunidades para parcerias entre os países associados.
Tanto a RCEP como o Acordo Transfronteiriço Asia-Pacifico espelham a força da China no cenário global. Vale aguardar a conduta externa de grandes potências ocidentais, sobretudo, a forma como Joe Biden conduzirá a política externa com países asiáticos nos primeiros meses de seu governo.
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Artigo escrito por Renato Santos.