Natal e o Comércio Exterior

Estamos a menos de duas semanas do Natal, uma das datas mais aguardadas do ano e de extrema importância para a nossa economia devido à tradição das trocas de presentes, dos presentes do “papai noel” para as crianças e das comidas e bebidas típicas cuja demanda aumenta bastante neste período. Nos últimos dez anos, o período do Natal correspondeu a 22% do total das vendas do mês de dezembro.

Segundo estimativas da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o varejo brasileiro movimentará neste Natal R$57,48 bilhões, com alta de quase 10% em relação ao Natal do ano passado, reflexo da alta dos preços na nossa economia. Porém, descontando a inflação, o volume de vendas sofrerá retração pelo segundo ano consecutivo. Em dezembro do ano passado, a inflação estava em torno de 5% a 6%, atualmente, já é o dobro deste valor.

A expectativa é que o setor de supermercados seja o destaque este ano com 38,5% do total das vendas natalinas, em seguida, os estabelecimentos de vestuário, calçados e acessórios com 35,3% de participação e lojas de artigos de uso pessoal e doméstico, com 13,2% to total. Em relação a geografia do consumo, os estados com maior destaque projetado serão São Paulo (R$18,01 bilhões), Minas Gerais (R$5,19 bilhões), Rio de Janeiro (R$4,93 bilhões) e Rio Grande do Sul (R$3,62 bilhões), concentrando 55% da movimentação financeira do país.

Importações

A alta inflação está fazendo com que os lojistas optem pela comercialização de artigos importados, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), das oito categorias de produtos típicos desta época, seis cresceram entre setembro e novembro deste ano, com destaque para o setor de perfumes que saltou de cinco toneladas para 33 toneladas na comparação de 2020 com 2021.

Alguns produtos são sempre importados por não serem produzidos no Brasil, um exemplo é o bacalhau, que no ano passado as importações atingiram 25,1 toneladas, e este ano 30,4, alta de 21%. As importações de brinquedos foram o destaque do trimestre, com alta de 60%, as oleaginosas (castanhas, nozes, avelãs, amêndoas) tiveram alta de 21% e as peças de vestuário, 12%.

Os setores que apresentaram queda nas importações foram os vinhos e espumantes (-4%) e frutas típicas como cereja e figo, -26%.

Iara é graduada em Relações Internacionais e Comércio Exterior. Produtora de conteúdo na página ComexLand com experiência de mercado na área comercial, de logística e importação.

Iara Neme

Iara Neme

Graduada em Relações Internacionais e Comércio Exterior. Produtora de conteúdo na página ComexLand com experiência de mercado na área comercial, de logística e importação.