O que muda pós eleições americanas?

A eleição americana esta sendo acirrada e com votação recorde (país onde o voto não é obrigatório) entre os candidatos Donald Trump e Joe Biden.

Mesmo com a demora para a contagem dos votos, ainda há uma grande probabilidade de existir um processo na suprema corte americana, uma vez que antes mesmo dos resultados saírem, Trump já estava anunciando sua vitória e dando a entender que as eleições só seriam legítimas se ele ganhasse.

Os Estados Unidos são a maior economia do mundo e o segundo maior parceiro comercial do Brasil (em importação e exportação), perdendo apenas para a China. Mesmo com o comércio enfraquecido pela pandemia da COVID-19, os EUA continuam tendo um importante papel na economia brasileira.

O sistema eleitoral americano;

Os votos americanos são contabilizados em papel na maioria dos estados e enviados por correio, não havendo a necessidade do voto popular e sim do colégio eleitoral.

O voto pode ser presencial ou encaminhado por correio, normalmente republicanos votam no dia da eleição e democratas preferem votar encaminhando pelo correio.

Caos pós eleitoral;

Em 2020 dados apontaram que o terrorismo aumentou nos Estados Unidos, durante a eleição americana. Lojistas protegeram seus comércios com cercas, temendo a revolta popular em relação ao resultado.

Atual situação;

Desde a campanha do atual presidente Jair Bolsonaro, percebemos sua aproximação com Donald Trump. Tal aproximação gerou ganhos aos dois países como: a reabertura comercial de carne bovina brasileira para os Estados Unidos, o acordo entre os países que prevê créditos para financiar projetos brasileiros e o direito para os Estados Unidos de utilizar a base espacial de Alcântara, no Maranhão. E outros fatores infelizmente não obtiveram melhoras, como a taxação do aço brasileiro e a não entrada do Brasil na OCDE, como era o planejado.

Meio Ambiente;

Por ser considerada os pulmões do planeta e nossa maior riqueza natural, a Amazônia será pautada no próximo governo americano e principalmente, se o novo governo for democrata, assuntos como proteção ao meio ambiente serão mais discutidos e a pressão será maior ao Brasil. Biden, citou em um debate, que o Brasil pode enfrentar “consequências econômicas” se os índices de perdas florestais não forem revertidos.

Com a candidatura de Biden e a grande defesa ao meio ambiente, alguns acordos do Brasil principalmente com a União Europeia podem ser dificultados.

Tecnologia;

Em termos de tecnologia, Bolsonaro afirmou que ele mesmo irá decidir quem irá implementar o 5G no Brasil, por sua afinidade com Donald Trump, provavelmente será a nação americana a escolhida e não a China, provedora da maioria das patentes da tecnologia.

As redes sociais como Twitter e Facebook se comprometeram a não influenciar nas eleições e bloquear possíveis fake news.

Relações Internacionais;

Por contar com grande apoio do setor privado de ambos os países, os acordos estabelecidos tendem a permanecer, independente da vitória, bem como as relações comerciais entre ambos os países. A verdade é que os candidatos não pautaram sua campanha no Brasil, e nem em países da América Latina, mas sim na China e União Europeia.

Trump em sua primeira candidatura prometeu reduzir o déficit comercial americano no programa America First”, dessa forma criou diversas barreiras protecionistas e firmou uma guerra comercial e tecnológica com a China. Além disso, Trump tenta se afastar de entidades como ONU, OMC e OMS, levando o Brasil par o mesmo caminho. Alguns especialistas afirmam que no caso da vitória de Biden, o Brasil pode ficar isolado sem apoio das entidades.

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Artigo escrito por Kauana Benthien A. Pacheco

Kauana Pacheco

Kauana Pacheco

Kauana é formada em Negócios Internacionais e é pós-graduada em Big Data & Market Intelligence. Kauana é a fundadora da ComexLand, onde atua como especialista em marketing focado para empresas do Comércio Exterior e Logística Internacional.